Sabe aquele troço que incomoda? Algo não vivido, vivido pela metade, vivido mas que findou, momento estéril que acabou virando idealização, permanecendo latente com o ‘e se’ insistindo em povoar a mente, impondo nulidades e um olhar viciado sob os relacionamentos, pois é, perda de tempo, atraso de vida.
Como esvaziar o vazio?
Que tal fazer uma faxina mental de fato, desapegar e colocar algo no lugar? Não se trata de substituir, de comparar, mas de se permitir o novo, para então deparar com aquela sensação incrível de um ‘vazio cheio’ de novas emoções, porque o que conta afinal são as emoções saudáveis que os encontros suscitam.
Daí o ranço dá lugar à vibração, e aquilo que perturbava já não faz mais sentido; as provocações te fazem rir e desejar firmemente que você seja definitivamente esquecida, aquela foto já não significa nada, a música que compunha a trilha sonora está desafinada, cedendo lugar a outra, em compasso diferente, agora de possibilidades.
Nem tudo pode ser do jeito que a gente quer, não temos o psicodiagnóstico, a ficha criminal, um psiquiatra atestando a sanidade mental das pessoas que topamos, mas podemos chegar o mais próximo possível, ‘lendo’ melhor o comportamento, analisando o caráter, e investindo em relações férteis, já é um começo.